Poema doce

Venha, que eu vou lhe mostrar

o pé de poemas prontos

que existe no meu pomar.

Do fruto colhido lá,

a gente faz uma polpa

que é transformada em manjar.

Ah, delícia de iguaria,

degustada por estrofes,

ou fatia por fatia!

Não está na doçaria,

nem no livro de receitas,

nem no livro de magias;

está em um lugar qualquer,

no sentimento do homem,

no coração da mulher.

Acredite quem quiser:

come-se a lírica em caldas

com caneta e com colher.