Pretextos e apetrechos
Em qualquer lugar do tempo estarei presente em teus pensamentos,
porque deixei rastros de meus pretextos mais enlaçados e cores de meus defeitos mais bem vistosos por entre o teu completo.
Em qualquer tempo,
falarás, no seu inteiro teor,
de, e por meu corpo que moldastes com dedos perolados e favos de carícias mais doces e sensatas.
Sentirás aquela tamanha saudade,
mesmo que no fundo.
E amarrarás num foguete um papel chamado tempo.
Um ano,
Dois.
Metade de uma década,
ou até mesmo tal década.
Um século talvez, se em vida tiver.
E são esses tons de torturas sarcásticas misturadas a estes gostos que sempre hesitarei em dizer amar,
e que sempre estarão compostos nos meus achismos poéticos,
amargos e doces singelos ao mesmo tempo,
bem como tequila e café amargo.
Sentirei saudades intermináveis por entre meus dedos a escrever clamando-te.
Sentirei fomes de apetrechos de cores tuas,
jamais encontradas,
entre o brilho insano de teus olhares a mim.
Sentirei o mais nobre e vazio coração.
Sentirás também,
assim como um frígido arrepio de apetrechos de trechos clamando-te saudades e amores mais bem vividos.
Sentirei.
Sentirás meus sussurros de meu mais adocicado lado moleca.
Sentirás cheiros dos meus melhores perfumes compostos das mais doces notas.
Sentirás um dia,
assim como também sentirei,
porém,
em dias tediantes, na desventura de um dia de ter novamente em meus braços ou quem sabe mirar teus olhos, mesmo que por longe.
Sentirás falta,
Procurarás novamente o profundo de meus mais bem citados versos e poemas.
Sentiras saudade um dia.
Talvez a mate, ou não.
Porém jamais amarás tais pretextos e apetrechos meus tatuados por teu quase que incompleto, completo, eu.
Marinara Sena
21/10/2012
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