QUANDO CHOVE

chove agora...

ouço os pingos...

grandes, pesados

contraditoriamente

rápidos...

assim São

as chuvas de verão

(E´verão por aqui)!

passam

destruidoras e

se vão...

elas deixam de existir,

pretendiam

ser esquecidas...

mas não podem

ficam rastros,

feridas...

cicatrizes que

servem pra lembrar

que a chuva

nunca termina:

respira

pra recomeçar...

ou então

abre passagem,

deixa o Sol passar,

marca o céu.

arco iris?

miragem...

então, com

a chuva longe

uma certeza fica

é só um

intervalo,

não despedida...

sem chuva,

homem ressona...

cochila...

sonha...

chuva quente

o banha...

acorda

assustado, passa a

mão corpo:

seco...

decepcionado

levanta,

olha o céu. quer

chuva...

encontra estrela,

mulher.

entende

súbito, pleno.

se não há

chuva,

a estrela

o torna

sereno...

dorme de novo

sem sofrer.

chuva, estrela,

mulher...

sorri: se sabe

novamente

a viver!

Igor Tehan
Enviado por Igor Tehan em 22/10/2012
Reeditado em 19/11/2012
Código do texto: T3946153
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