OUSADIA
Trêmula estrela
que brilha na noite
com sua luz transparente.
Esse teu pulsar de prata
parece uma serenata,
cala fundo em minha mente.
Na campina azulada,
nuvens brancas se arrastam
como ovelhas, posso vê-las.
Não as toco nem alcanço,
porém a palavra eu lanço
ao espaço, sem descanso,
numa tentativa ousada.
Não posso é ficar calada.
. . .
Calada, não fiques nunca!
Solta tua voz alada
Que subirá com o vento
Para morar, finalmente,
Numa nuvem bem rosada
De onde ela choverá
Sobre as linhas de um poema
Ao findar da madrugada.
. . .
Solta tua voz alada
Que subirá com o vento
Para morar, finalmente,
Numa nuvem bem rosada
De onde ela choverá
Sobre as linhas de um poema
Ao findar da madrugada.
. . .
ONDE A ESTRELA OUSA ESTAR
Trêmula bandeira
Flâmula plangente
Sob o sol nascente
Teu fulgor retrata
Tua glória inata
Orgulho da gente
Toda enluarada
Tuas cores agradam
Não és velha, revelas
Estás no alto mastro
A ti exalto e canto
A estrela em ti mostro
Falas neste Recanto!
Trêmula bandeira
Flâmula plangente
Sob o sol nascente
Teu fulgor retrata
Tua glória inata
Orgulho da gente
Toda enluarada
Tuas cores agradam
Não és velha, revelas
Estás no alto mastro
A ti exalto e canto
A estrela em ti mostro
Falas neste Recanto!