Sombras Passageiras...

Às vezes, a alma se entristece tanto,

que pensa que os pássaros fugiram,

que a noite é sem estrelas;

que a poesia sumiu do ar,

que os motivos se perderam...

E vem o pranto, levado para o verso,

a lamúria tomando forma...

e tudo mergulha num prisma de solidão e desamor...

Depois, a lua aparece no céu

e a Poesia a enxerga...

E o canto melancólico da poetisa triste

fica mais leve e consegue entender

que seu amado está do lado,

que não sumiu, nem levou sua ternura

para a rua afora, a permitir

tamanha angústia à mulher amada.

Nada aconteceu de fato e vieram os risos,

a melodia voltou, o seu amor estava ali,

nunca estivera tão próximo...

E os abraços afloraram, as bocas se buscaram

e o ar ficou tão enebriado,

porque perfumado com o aroma da mulher-flor,

que supunha que a noite seria triste,

porque a tarde foi, apenas, nublada

sem nenhuma explicação...

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 27/02/2007
Reeditado em 05/03/2007
Código do texto: T395124
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