Desabafo do cansaço
Não tenho ombros para suportar tanto peso,
Nem paciência para a prometida alegria à espera,
Quero uma rede para repousar os meus medos,
e uma cama para embalar minha tristeza.
Não tenho braços longos para enterrar os meus entes,
Sou um covarde morto em vida, não sou herói, já não mostro meus dentes.
Não tenho ombros para suportar tantos pesos.não tenho força, foco, nada me resta.
Tenho andado solitário, e do mundo já nada espero. E a esperança da justiça que me movia, riu de mim, deixou assim, marcado em linhas de angustia sem fim.