Nostalgia
Saudade
da pureza do espelho,
que conversava ali mesmo
com olhos infantís.
Saudade
das cantigas de roda,
da senhora com a sacola,
dos burburinhos de jardim.
Saudade
da serenata na janela,
dos suspiros pelas frestas,
dos encontros escondidinhos.
Saudade
do flerte no coreto,
um jardim de olhares frescos,
o roubo...de um beijo certeiro.
Saudade
do amor verdadeiro,
que juntava corpo e alma
levitando juntos até as estrelas.
Saudade
das palavras do poeta,
que madrugavam os versos
beijando a lua te querendo nua.
Saudade
do presente que escrevo,
do amanhã que pressinto,
dos poemas que calarei.
Pupila
Enviado por Pupila em 01/08/2005
Código do texto: T39537
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