Meu dogma

cheguei, acenei à cartomante

suspeitou, sobrancelha arqueada

continuei ainda e sentei-me

ela arrepiou-se toda – pude, pude ver…

lancei minhas mãos sobre a mesa

dela foi um sobressalto

e eu, desafiando ainda, apertei meus olhos

só aí ela venceu o medo e veio devagar

tocou duas vezes minha mão direita

que na primeira tirou de susto

sentiu, dela, as impressões na pele

e olhou-me com olhos ressabiados…

Não pude mais: o que adivinhas?!

Tu não é uma mentira, desconfiei no olhar…

Que sou, feiticeira? que sou eu?

Uma verdade difícil de se acreditar!

Vinicius de Andrade
Enviado por Vinicius de Andrade em 29/10/2012
Código do texto: T3958832
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