Nono Círculo
O Nono Círculo
Sinto-me Envergonhada Hoje Pelas Espúrias Que Concebi
Palavras Nada Farão Para Vazar o Alforje
E Ninguém Nada Fará
Pois Fui Eu Quem Me Parti.
Você, Aquele Que se Coage
Nada Pode À Sua Própria Revanche Que Te Há de Consumir
Do Letargo Insone Inibe
As Horas Furtadas Daquela Que Amou e Morri.
Triste Vida Desse Pobre Coitado
Que Rouba aos Arranhos o Coração de Amor Imaculado
Seus Arroubos Lhe Serão Cobrados
E Por Fim de Tão Tapeado, Só Lhe Restará o Cuspir
Pobre Coitado,
Tenho de Vós, Só Dó
Mas Se da Dó, Sou Eu Quem Porta,
Ainda Sou Dona de Grande Fardo
Nada Quero de Próprio Proveito
Quero Apenas o Que Foi me Extirpado
Digo Que Punido Será Aquele
Que Defraudou de Meu Ventre a Alma de Meu Amado.
Pobre Coitado,Tão Malfadado,
Tão Iludido, Pensou Me Ter Roubado,
O Que Nunca Carpiria Já Que Minh’álma
Ninguém Arrebataria.
Triste História de Muitas Vidas
Alegria Efêmera dos Traidores
Pois da Foice à Mão Armada
Nenhuma Vida Será Abrandada
De Que Me Importa Se São Pobres Meus Versos?
Sei Que os Espúrios Malfeitores
Tudo Perderão Com Sua Brigada.
É Guerra Que Aponto Aos Ímpios Ardilosos
Pois a Terra os Engole Expurga e Cospe,
Seus Restos Malcheirosos.
Mal Sabem Eles Qual Será Seu Abjeto Legado.