Nono Círculo

O Nono Círculo

Sinto-me Envergonhada Hoje Pelas Espúrias Que Concebi

Palavras Nada Farão Para Vazar o Alforje

E Ninguém Nada Fará

Pois Fui Eu Quem Me Parti.

Você, Aquele Que se Coage

Nada Pode À Sua Própria Revanche Que Te Há de Consumir

Do Letargo Insone Inibe

As Horas Furtadas Daquela Que Amou e Morri.

Triste Vida Desse Pobre Coitado

Que Rouba aos Arranhos o Coração de Amor Imaculado

Seus Arroubos Lhe Serão Cobrados

E Por Fim de Tão Tapeado, Só Lhe Restará o Cuspir

Pobre Coitado,

Tenho de Vós, Só Dó

Mas Se da Dó, Sou Eu Quem Porta,

Ainda Sou Dona de Grande Fardo

Nada Quero de Próprio Proveito

Quero Apenas o Que Foi me Extirpado

Digo Que Punido Será Aquele

Que Defraudou de Meu Ventre a Alma de Meu Amado.

Pobre Coitado,Tão Malfadado,

Tão Iludido, Pensou Me Ter Roubado,

O Que Nunca Carpiria Já Que Minh’álma

Ninguém Arrebataria.

Triste História de Muitas Vidas

Alegria Efêmera dos Traidores

Pois da Foice à Mão Armada

Nenhuma Vida Será Abrandada

De Que Me Importa Se São Pobres Meus Versos?

Sei Que os Espúrios Malfeitores

Tudo Perderão Com Sua Brigada.

É Guerra Que Aponto Aos Ímpios Ardilosos

Pois a Terra os Engole Expurga e Cospe,

Seus Restos Malcheirosos.

Mal Sabem Eles Qual Será Seu Abjeto Legado.

Maria Godoy de Azevedo de Castro Faria
Enviado por Maria Godoy de Azevedo de Castro Faria em 01/11/2012
Código do texto: T3964110
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