Mal Dita Mãe
Pari um Filho Que Nasceu Chorando
Nesse Momento Eu Sorri
Segui a Vida abaixo de Encantos
Mal Sabendo Pobre de Mim Que Ali Mesmo eu Morri.
Dei a Vida a um Assassino Da Vida Já Degustando
Quando Cheguei Alegre e Alva, Nem Sabia que apenas Sobrevivi.
De Negros Pássaros Ouvi Seus Cantos
De Muito Perto Sob a Terra à Garganta, Calada eu Resisti.
Agora nas Horas Mortas Observando
Entre Tantos e Entretantos
Por Quantas Vezes hei de me Repetir.
Nuca Mais Hei de Sorrir
Livre Minh’Alma de Desencantos
Deu-se Conta de Que Nunca Existi.
Fui Morta Por Quem eu Pari.
De Meu Seio Lhe dei Meu Sangue, de Meu Leite a Vida Solta
De Minha Carne o Calor do Amor
De Meu Pranto Seu Sabor.
Pobre Mal Dita Mãe!
Concebeu Seu Assassino
O Carrasco Filho Lhe Causa
Profundo Lamento e Torpor.
Vento Forte em Carne Dura
Nada Aprendeu em Seu Ensino
Curiosa a Morte da Maldita Inocente
Que Nada Soube Sobre Seu Destino.
Malfadado Filho Espera
A Morte da Mãe Mal Dita
Que Por Amor Doou Seu Sangue
Por Paixão à Cria Bendita.
Ledo Engano, Ó Filho Sinistro.
A Pobre Mãe Mal Dita
Te Espera Junto ao Algoz
Na Ânsia do Cabo Previsto.
Será a Pena Letal
A Condição de Teu Julgamento,
Pois da Mal Dita Mãe o Pecado
Foi Dar Vida um Monstro Sangrento.