Mal Dita Mãe

Pari um Filho Que Nasceu Chorando

Nesse Momento Eu Sorri

Segui a Vida abaixo de Encantos

Mal Sabendo Pobre de Mim Que Ali Mesmo eu Morri.

Dei a Vida a um Assassino Da Vida Já Degustando

Quando Cheguei Alegre e Alva, Nem Sabia que apenas Sobrevivi.

De Negros Pássaros Ouvi Seus Cantos

De Muito Perto Sob a Terra à Garganta, Calada eu Resisti.

Agora nas Horas Mortas Observando

Entre Tantos e Entretantos

Por Quantas Vezes hei de me Repetir.

Nuca Mais Hei de Sorrir

Livre Minh’Alma de Desencantos

Deu-se Conta de Que Nunca Existi.

Fui Morta Por Quem eu Pari.

De Meu Seio Lhe dei Meu Sangue, de Meu Leite a Vida Solta

De Minha Carne o Calor do Amor

De Meu Pranto Seu Sabor.

Pobre Mal Dita Mãe!

Concebeu Seu Assassino

O Carrasco Filho Lhe Causa

Profundo Lamento e Torpor.

Vento Forte em Carne Dura

Nada Aprendeu em Seu Ensino

Curiosa a Morte da Maldita Inocente

Que Nada Soube Sobre Seu Destino.

Malfadado Filho Espera

A Morte da Mãe Mal Dita

Que Por Amor Doou Seu Sangue

Por Paixão à Cria Bendita.

Ledo Engano, Ó Filho Sinistro.

A Pobre Mãe Mal Dita

Te Espera Junto ao Algoz

Na Ânsia do Cabo Previsto.

Será a Pena Letal

A Condição de Teu Julgamento,

Pois da Mal Dita Mãe o Pecado

Foi Dar Vida um Monstro Sangrento.

Maria Godoy de Azevedo de Castro Faria
Enviado por Maria Godoy de Azevedo de Castro Faria em 01/11/2012
Reeditado em 11/01/2013
Código do texto: T3964214
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