Louca esperança

Esther Ribeiro Gomes

Esperança, doce criança que habita a alma,

que invade os sonhos e acalma...

Entre as nuvens sombrias traz claridade,

é luz dourada que brilha no fim do túnel,

é a janela que se abre para a felicidade,

traz alento quando tudo é escuridão

e faz o coração bater mais forte de emoção!

Sem esperança, não vale a pena viver,

os dias são monótonos, sem alegria,

nada mais parece acontecer...

A esperança veste a vida de magia,

faz a alma alçar voo, tocar estrelas

e os sonhos flutuam na fantasia!

Vou caminhar de mãos dadas com a esperança,

sentir a carícia do vento, abraçar cada momento,

pois em minh’alma mora a eterna criança

que para sempre guardarei

e junto dela novos sonhos sonharei!

‘Lá bem no alto do décimo-segundo andar do Ano,

vive uma louca chamada Esperança.

E ela pensa que quando todas as sirenas,

todas as buzinas e todos os reco-recos tocarem,

atira-se e - ó delicioso voo!

Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,

outra vez criança... E em torno dela indagará o povo:

- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?

E ela lhes dirá (é preciso dizer-lhes tudo de novo!)

Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:

- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...’

(Mario Quintana)

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 03/11/2012
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