A última calmaria*

já é tempo de acalmar a alma

neste estio da minha peregrinação

uma tarde é calma nesse mundo hostil

outros peregrinos descansam passos

e o compasso da vida pede um tempo

para uma sessão de contentamento

nas poltronas de pedras desalinhadas

olhos cansados assistem ultimas telas

nos montes nús de nuvens descarregadas

transeuntes apressados e mais cansados

zombam do descanso dos persistentes versos

insistentes na busca da última calmaria

Mas um outro incansável poeta me diz

que ainda é tempo de acordar a calma

e deixar a alma sonhar mais um dia

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 03/11/2012
Reeditado em 03/11/2012
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