Ouve a chuva...

Se chover,

Olha por onde escorre todo o encanto...

Segue as batidas leves pelos campos,

Persegue gotas a caírem sobre flores,

Vê a água a debruçar-se em outras águas...

Procura minha saudade em cada canto...

Acompanhando passos pelas ruas,

Sente que se perde como seiva sem destino

A molhar meu corpo sedento solitário...

Deixa, se puderes, que se derrame o céu

E observa se agora o cinza cobre o azul.

Ilumina, então, a solidão sem luz

E tinge o infinito de cores como em véu.

Se vierem lágrimas brotando de ilusões,

Esconde, por mim, a dor sem esperança.

Escuta o ecos de tão pobres lembranças,

Ao ouvires soluços de minhas tristes emoções.

Se chover,

Não conta ao vento... ele está com pressa.

Não diz ao tempo... sou apenas passageira.

Mas ouve a chuva... ela é meu pranto...(IDA)

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 02/08/2005
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