A ausencia do pão

Assassinaram o padeiro

E quase ninguém chorou a ausência do pão;

Apenas o silêncio “Bristol”

Meu concerto matinal

Agora é apenas lembrança nas manhãs

Atropeladas pelos roncos dos motores.

Minha poesia ingênua

Das reminiscências de menino

Também foi sufocada pelo negrume do asfalto.

Não ressuscitaram

O padeiro e os pães continuam sepultados

Nas prateleiras sem nostalgia.

Em cada manhã

Uma esquecida vitrola ainda canta

A saudade de outros dias:

“Olha o padeiro entregando o pão,

De porta em porta entregando o pão...”

Menos naquela, aquela, aquela, aquela, aquela não...”

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 17/11/2012
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