A CASA DE MINHA AVÓ
a casa de minha avó
não tinha cheiro de bolo,
crochês em cima de móveis,
nem balanços de cadeira...
vazia de delicadezas,
impregnada de rudezas ancestrais.
aninhava a minha infância,
alimentava cumplicidades
com bolinhos de feijão e farinha
amassados com as mãos.
prato pousado no colo,
sentada na porta da cozinha,
repartia o alimento.
em comunhão de silêncios,
cosia as pontas do tempo.
a casa de minha avó
não tinha cheiro de bolo,
crochês em cima de móveis,
nem balanços de cadeira...
vazia de delicadezas,
impregnada de rudezas ancestrais.
aninhava a minha infância,
alimentava cumplicidades
com bolinhos de feijão e farinha
amassados com as mãos.
prato pousado no colo,
sentada na porta da cozinha,
repartia o alimento.
em comunhão de silêncios,
cosia as pontas do tempo.