Vício dos nefelibatas

Sou viciado, não nego!

Entre veredas

E tocas de engano...

Carrego nas entranhas empoeiradas

A droga da sina dos poetas:

Aspirar sobras do desatino!

Com elas transpiro palavras desviadas

Nos transes dos sem destino.

Sou traficante, assumo!

Entre os sumos das sobras da natureza

Construo meu templo e minhas veredas

Para um laboratório de palavras:

Reduto de viciados e nefelibatas!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 21/11/2012
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