Vaticínio

Para os risos em frascos sem sorte

A vida é sobra de mágoas servidas

Entre grades e bandejas de cela

E o vate garbo de todo poeta erra

Vaticinando que a “A vida é sempre bela”

A vida é memória do passado

Com suas fotografias amareladas

Que nunca aprenderam a sorrir

- Disfarce da dor momentânea!

Consolo do soluço que ainda há de vir.

Toda vida ressuscita suas sequelas

Impregnadas na alma de outras eras

Na contínua cara curas isoladas

Das nossas feridas mal cuidadas

Se reabrindo nas horas grangrenadas

Porém, ainda está certo o vate

Que acompanha a sina do poeta

Que sonha com uma “Vida bela”

Em todos os nossos momentos

Que esquecemos nossas sequelas!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 22/11/2012
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