Sonhos pelos sonhos morte são

somos etéreos vapores de ópio

viciados em nós de angústias

sem nada de presente e novo

novo colapso de sentimentos

a forma humana é assim

parada...morta...sonhada...fátua...

o mundo derrete eu derreto você some

o mundo baila

Gardel ,sim, Gardel, em suas notas enormes de dor e mágoa

fúria puta de um abraço partido e óbvio.

dois pra cá....dois pra lá...

Durmo e sonho

tomo meus remédios

tomo meus goles de ar

e flutuo pelos meus sonhos de sonhaDor...

Tenho sonhaDor...

sou a minha ignorante e torta dor

e depois de guerras e Guernicas inválidas

meus sonhos se tornam morte e se tornaram morte

sonhos pelos sonhos morte são

e tenho vida sã

estou são de mim e você

são farsas...

Sonhos

Valdson Tolentino Filho
Enviado por Valdson Tolentino Filho em 03/03/2007
Reeditado em 10/03/2007
Código do texto: T400049