Suor
Enalteci a beleza da negra,
meu copo gelado da cerveja
vibrava em cima da mesa,
banhava o chão.
Um gole pro santo
não poupa oração.
Africaneando
como a boca carnuda da negra
que mordi com destreza,
seus lábios roxos
desfraguementaram
a cor da impressão.
Queimando em brasa
sem ventilação
a melanina
escorria pelo chão.