Suor

Enalteci a beleza da negra,

meu copo gelado da cerveja

vibrava em cima da mesa,

banhava o chão.

Um gole pro santo

não poupa oração.

Africaneando

como a boca carnuda da negra

que mordi com destreza,

seus lábios roxos

desfraguementaram

a cor da impressão.

Queimando em brasa

sem ventilação

a melanina

escorria pelo chão.

Marco Cardoso
Enviado por Marco Cardoso em 03/08/2005
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