Solidão de Mago

Assentado a beira do caminho,

Andei me perguntando,

Por que estou me negando a paixão.

Não há amor em meus olhos,

Não há alegria,

É só uma saudade de um passado,

Que não versa identidade.

Mas sei, que ficou no passado o meu coração.

Só não vislumbro,

Qual foi o colo, que me deixou ficar assim.

Ouço tantas canções;

Aprecio com moderação a noite e

No final verbo apenas a ilusão.

Não há uma luz,

Nem uma voz,

Só essa necessidade,

Que sem maldade,

Vem e me atira nos cantos da cidade.

Querendo querendo,

Procurando no vazio,

Um amor para ficar.

Mas não há uma direção para ostentar,

Tal afinidade.

A brisa que veste,

A boca que teima,

A alma que não para de sonhar...

Encontrar alguém para ficar.

Evoluir na vida,

Sangrando, sangrando,

Mas feliz em encontrar alguém para dividir os próximos dias.