Mosaico (lembrando Ferreira Gullar)
Uma parte de mim
é alegria,
pura, genuína,
bem menina;
outra é confusão
de pensamento
e emoção.
Uma parte de mim
olha adiante,
sonha, batalha,
até ficar arquejante;
outra é sossego,
é lago sem ondas,
é música de flauta
leve
e de uma nota só.
Uma parte de mim
se apaixona,
se extasia,
reivindica;
outra fica à espera,
observa e abre os braços,
somente receptiva.
Uma parte de mim
é volúpia,
é sensualidade
à flor da pele;
outra é religiosa
em seus costumes,
acende vela
e se protege
em Deus.
Mas uma parte se junta
à outra
e formam o que sou.
E o que sou eu
senão a mulher que passa?
Sou como todas as outras,
que se revela ora assim
ora assado,
sendo presente e passado,
sendo uma ou sendo muitas,
seguindo tão somente
a cadência da vida
na sua mais completa,
se possível, tradução.
Uma parte de mim
é alegria,
pura, genuína,
bem menina;
outra é confusão
de pensamento
e emoção.
Uma parte de mim
olha adiante,
sonha, batalha,
até ficar arquejante;
outra é sossego,
é lago sem ondas,
é música de flauta
leve
e de uma nota só.
Uma parte de mim
se apaixona,
se extasia,
reivindica;
outra fica à espera,
observa e abre os braços,
somente receptiva.
Uma parte de mim
é volúpia,
é sensualidade
à flor da pele;
outra é religiosa
em seus costumes,
acende vela
e se protege
em Deus.
Mas uma parte se junta
à outra
e formam o que sou.
E o que sou eu
senão a mulher que passa?
Sou como todas as outras,
que se revela ora assim
ora assado,
sendo presente e passado,
sendo uma ou sendo muitas,
seguindo tão somente
a cadência da vida
na sua mais completa,
se possível, tradução.