Cadilac Rubro Dourado
Eu sou assim:
torto, insanamente profano.
a raiva cega e o ciúme domina
como anfetamina reversa,
turbina em marcha ré,
tom dissonante:
Catástrofe!
Mas parêntese tento por em versos meus:
quero sempre tocar teus lábios todos,
numa noite recente,
perder meus dedos por entre teus cabelos,
pressentir teus movimentos,
improvisar tua espiral mania.
Dancei!
Sou por entre poros,
nós de porco,
intrinsecamente sublime,
sou o olho do furação,
não Katrina mas Christine!
Rossonero errante
berrante maltrapilho de araque.
E, acima de tudo,
sou o legítimo,
um legítimo traste!