Cadilac Rubro Dourado

Eu sou assim:

torto, insanamente profano.

a raiva cega e o ciúme domina

como anfetamina reversa,

turbina em marcha ré,

tom dissonante:

Catástrofe!

Mas parêntese tento por em versos meus:

quero sempre tocar teus lábios todos,

numa noite recente,

perder meus dedos por entre teus cabelos,

pressentir teus movimentos,

improvisar tua espiral mania.

Dancei!

Sou por entre poros,

nós de porco,

intrinsecamente sublime,

sou o olho do furação,

não Katrina mas Christine!

Rossonero errante

berrante maltrapilho de araque.

E, acima de tudo,

sou o legítimo,

um legítimo traste!

renato barros
Enviado por renato barros em 06/12/2012
Código do texto: T4022214
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.