On line

Um barco sinalizou

na linha perdida do horizonte

Meu porto vazio

Cais repleto de pombos famintos

Atracadouro de manhãs

que nunca chegam

a lançar amarras desatadas

pronto a partir

para sempre agora

Ou não chegará

enquanto eu aqui estiver

Aqui onde nunca estive

Não há flores no cais

a brincar com reflexos d´água

Só tamborilo da chuva

orquestrando o mesmo silêncio

a flechar-me o peito

Meu barco convolado

remendado em off line

adorna paisagem marginal

desfeito em ecos

como simples mortal

Control C

Control V

e minha vida não imita arte

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 04/08/2005
Reeditado em 04/08/2005
Código do texto: T40230