CONCHA

Vejo-te pequena

óssea, cálcica,

alva.

Escondo-te na

palma da mão

lanço-te ao ar

jogo-te no chão.

E te observo

tão frágil

e rígida

- frígida -

tão inerte

sem vida (será?).

E te pergunto

para aliviar meu

espanto:

“Como, sendo tão pequena,

podes dentro de ti guardar

toda a imensidão d’um Mar?”

17 de maio de 1993

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 17/12/2012
Reeditado em 05/01/2013
Código do texto: T4039770
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