A Obra
Voltando pra casa os homens correm,
Carros e carros aceleram,buzinam,
Semáforos acendem e apagam,
Sinos tocam, enquanto alguns se despedem para compensar o tempo que já foi embora.
Longe da loucura humana, mas não da selva.
No alto de um jambeiro chega calmo um pássaro amarelo e preto...Com o bico branco, conhecido nas rodas da mata, como Japiin.Chegou um, chegaram dois, três...De repente são trinta e seis.
Lá embaixo os carros passam,
Pessoas riem,choram, morrem e matam.É um atropelamento, um assalto, um desespero, um enterro... Uma vida que vai...Um descontentamento.
Na árvore é um entra e sai...
Uns gritos, uns ritos, uma verdadeira festa de quem não tem pressa... É a alegria sendo comemorada.
Parecem dizer, sem saber ler ou escrever, que a vida é essa.É uma criança sorrindo, uma alegria, uma paz na alma, uma fantasia.E quem corre é o tempo, enquanto a gente vive.
Não importa a hora
Não importa quem ri ou quem chora,
O momento é agora...Ame, pois a vida, não pode esperar para nascer de novo amanhã.
Amanhã será um novo dia.
A morte foi você quem inventou, quando deixou de enxergar o amor.