A Obra

Voltando pra casa os homens correm,

Carros e carros aceleram,buzinam,

Semáforos acendem e apagam,

Sinos tocam, enquanto alguns se despedem para compensar o tempo que já foi embora.

Longe da loucura humana, mas não da selva.

No alto de um jambeiro chega calmo um pássaro amarelo e preto...Com o bico branco, conhecido nas rodas da mata, como Japiin.Chegou um, chegaram dois, três...De repente são trinta e seis.

Lá embaixo os carros passam,

Pessoas riem,choram, morrem e matam.É um atropelamento, um assalto, um desespero, um enterro... Uma vida que vai...Um descontentamento.

Na árvore é um entra e sai...

Uns gritos, uns ritos, uma verdadeira festa de quem não tem pressa... É a alegria sendo comemorada.

Parecem dizer, sem saber ler ou escrever, que a vida é essa.É uma criança sorrindo, uma alegria, uma paz na alma, uma fantasia.E quem corre é o tempo, enquanto a gente vive.

Não importa a hora

Não importa quem ri ou quem chora,

O momento é agora...Ame, pois a vida, não pode esperar para nascer de novo amanhã.

Amanhã será um novo dia.

A morte foi você quem inventou, quando deixou de enxergar o amor.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 07/03/2007
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