TRÉGUA

Gasto horas no pensamento,

uma de prazer, duas de tormento,

no vazio que existe

dentro de mim.

São brigas e tumultos

dentro do coração

que bate, mas só apanha.

Que só vive na mão.

Gasto tempo, muito tempo

no que eu gostaria de ter

de pensar, de fazer.

E, esse tempo é sem volta

é fútil,

por mais que eu não queira

ele é tão somente

inútil.

E as horas que eu brigo,

nas horas que penso,

só tem uma trégua,

uma rendição:

Quando você se entrega

ao meu coração.

11 de Março de 1991