insone

ao saber-se pássaro e alma, tudo se fundia e para lá da poesia desaparecia em prescritos sentidos. atravessava o anoitecer (fendido em ternura) - nos in-cômodos de su' alma havia: embaraços de labirintos e soprados delírios e n' olhar: lonjuras, o vazio. os receios sobressaltavam, tão mais quanto se podia perceber - que desnorte! "Ah, Deus" - aquela derrama de cânticos insones, atravessando: o amar, a solidão e o desassossego: horas e horas de memórias, até o adormecer da lua. "Ah, Deus", que espanto de sombras à madrugada!

mar.


marcia eduarda
Enviado por marcia eduarda em 23/12/2012
Código do texto: T4049911
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