Ampulheta
"Na vasta escuridão dos teus olhos,
Reflete a velha mansão do mau olhado.
Na cansada península ibérica,
O sentimento e detrimento desse acaso.
Meu insaciável desejo pela sua arma bélica,
Transpira agora o inútil peso do passado.
No caso da morte agora nada mais sinto,
Que o mundo desmorone ao meu lado.
Satisfeito quase me contento.
Sigo consumindo minha própria existência,
Entre doses famintas e momentâneas.
Encharco-me de tudo que já me alimentou,
Um dia explodiu e se excedeu.
De dia era uma esfera, na noite agora sou eu."