O ESTRANHO

Tinha olho de borboleta

no momento da espera

na espreita

de colher a primavera,

sorriso de colibri

a adejar,

tentando molhar o bico,

num frenesi de asas,

no doce das águas,

a calma do mar

na enseada

desaguando

a praia mansa

na alvorada,

e o corpo quente

das manhãs de verão

quando o sol,

inclemente,

castiga o vivente

até a exaustão.

Coração?

Tinha não!

[elza fraga]

Elza Fraga
Enviado por Elza Fraga em 04/01/2013
Reeditado em 17/07/2016
Código do texto: T4067102
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