A FILA ANDA
Que um relacionamento não seja prisão;
que não seja enfermaria nem muleta;
mas que seja vida, crescimento
(turbulências eventuais incluídas).
(Lya Luft)
É no mínimo estranha
esta sua maneira torta
de encarar os fatos...
Escondendo o sujo
dos sapatos
no tapete
deitando a larga pança
numa rede
assobiando baixo...
Enquanto isso se retira
de fininho
da história,
apaga toda ela
da memória
brinca de cachorro morto,
num pressuposto
que nada mais
tem a ver com isso!
Vamos cair de cabeça
na real,
virar a mesa,
mudar o rumo desta prosa,
recomeçar de onde demos pausa.
Resolver de uma vez por todas
nossas pendências e pendengas...
E se afinal
o final
for a ruptura
que aguente depois
de cara dura
sem cair no choro...
Tenha decoro!
Porque eu,
meu agora caro amigo
antes amado,
já coloquei seu nominho
ad eternum
no meu bloquinho
de casos passados!
[elza fraga]