Pobreza d’ alma

Aquele que ignora seu passado

Renega suas origens, bravateia,

Vive orgulhoso por ter enterrado

sua história, e largamente fanfarreia,

Deseja a todo custo mostrar nobreza,

Troca a exigüidade pela influência.

O seu interior é farto de fraqueza,

Quão feio é negar a procedência!

Nas folhas mortas da memória,

Não há linhas escritas em dourado.

Traços tortos compõem a história,

Embora, hoje realinhados...

Qualquer ser humano

Não está isento de tal fato,

Mas que seja diáfano

E em tudo sensato.

É como ingerir cebola

e bafejar hálito de menta,

Assim é o sujeito gabola

com sua parca ferramenta