NADA A FAZER

NADA A FAZER

existem guerras lá fora

e eu brinco com o mel da lua de néon

desenhada ao quadro-negro

quase nua, quase élan

um rasgo ao sofá

de luz, de plástico

na penumbra

além do som das buzinas

a chave oscipendulando

entranhada à porta batida

e um aroma vourejando;

nada além de ratos brancos

e cocô de lagartixas

nas fendas do soalho

nada como red

em seu aquário

que se deva compreender

ou respirar

ou desistir

um passo atrás

apenas, e daí?

é o bem, é o mal

que se nos faz