DO QUE O TEMPO DEPUROU
Ah, minha Santa Catarina,
Que saudade dos teus ares,
Dos teus verdes entre os montes,
Das tuas noites e luas,
Dos teus mares, amares e chuvas,
Da solidão das tuas ruas,
No tempo de esperar
Pelo outro dia
Na ânsia
De querer tudo de novo,
No claro de prata,
A maciez, cheiro e perfumes
Do melhor das tuas frutas
Para a minha fome,
Para a minha sede,
Para o meu vazio
Que nunca
Encontrou
O seu fim
Nas distâncias que me propus andar.