PRIMEIRO AMOR

Quando perdemos a inocência

do primeiro amor

é que sentimos uma profunda

dor

e vemos que o mundo já não é

multicor

apenas o cinza, o negro, o pálido

ao derredor

e nossos hímens se partem

as mentes se confundem

as almas gemem

e o corpo é uma poça

de suor.

O beijo não vem e a lua se vai

tampouco o sol brilha

em resplendor.

Sinto a falta do amigo

convivo só com o inimigo,

falta-me amor

sobra-me dore

e a vida

é só malícia

crueza

hipocrisia

sem o mundo-cor

do meu pirmeiro amor.

24 de Dezembro de 1993

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 23/01/2013
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