E se o tempo, o amor

E se nosso amor tivesse consumado?

Se nossos lábios tivessem se tocados,

As línguas entrelaçadas

Se nossas lágrimas tivessem chorado,

não por tristeza

nem por separação

mas pelo frio gostoso e inseguro

que surge na barriga e arrebenta o coração.

Dois corpos que se completam

se pedem toda a vez que se querem,

o querer grita como uma necessidade,

urge saciar-se esta iniquidade

no paraíso carnal,

No entanto, sem o corpo teu,

sem tua alma fugidia por quem me apaixonei,

vejo-me em outro mundo, no desolador mundo real.

O Tempo passa depressa,

e não há nada que o impeça, poucas chances são dadas,

eu estou me tornando frio,

o brilho que outrora radiava

tornou-se opaco, muito fraco fiquei sem ti,

Meus versos que eram meu tudo e eram todos teus

esvaíram-se, e apagou o que eu queria ser.

Então, o tempo levou meus versos

meus sonetos ficaram dispersos,

minha criatividade esvaneceu sem minha inspiração,

Não sou mais poeta,

o dom da poesia foi-se embora,

e agora está nas mãos de outro apaixonado.

A Paixão é a mãe das artes,

cheia de vaidade

faz artes e manhas,

nos manha quando a sua aquarela

estamos a pintar,

quanto o encanto se acaba, embota sangue na língua,

como se da sua arte nunca mais haveremos de pintar.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 23/01/2013
Reeditado em 28/09/2014
Código do texto: T4101047
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