O conhaque abutre

Admiras-te os espinhos da rosa e a madrepérola,

Da camisa manga-larga azul de suaves botões nu

Aquela que à bela Clarisse me destes perfumando-a

Com alecrim rebelado no cinzento espectro céu trincando

A amarela névoa, desferindo verdes avulsos tristonhos,

Sempre nos agulhões do crepúsculo da Alexandria.

Clarisse tinha um cuidado no manuseio dela, quando me,

Mostrou pela primeira vez meu presente exato feito a mão.

E eu venturoso agraciava minha presenteadora quão

Valia de um moleque saltador com seu deslumbre de criança

Clarisse ficava quieta admirando o menino com seu brinquedo

O verdadeiro reduto de emoção que continha na chemisier

Era tão grande que ao vesti chorei como naufrago recebendo

Ajuda, abracei e dali saciou minha fome de naufrago.

Renato Narciso
Enviado por Renato Narciso em 25/01/2013
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