Passos, incertos:
 
Moço não ria daquele pobre velho.
Não ache graça no seu jeito de andar
Cabisbaixo, encurvado passo incerto,
Suas pernas mal podem lhe sustentar.
Fala sozinho quando vai pela rua
E o seu jeito, isso ninguém vai mudar.
 
E verdade moço, os anos pesaram.
Em suas costas obrigando-a se curvar.
Na cidade, ele usa a velha bengala,
Pois sem ela mal consegue caminhar..
Na roça, a sua bengala e a enxada.
Apesar dos anos ele precisa trabalhar.
 
Moço aquele velho ali, e o meu pai.
Trabalhou duro, pra eu poder estudar.
Estou formado e nada posso fazer
Ele não aceita a idéia de um dia parar
Diz que a roça e tudo na vida dele
Que vai morrer, no dia, que a roça deixar!
 
Volnei Rijo Braga
Pelotas - RS
27 / 01 /2013
Volnei Rijo Braga
Enviado por Volnei Rijo Braga em 27/01/2013
Reeditado em 12/08/2013
Código do texto: T4107677
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