À mercê do Eu

Estou onde meus dedos doem...

Onde meus dedos somem,

Na fagulha acesa do dia

Assombrando solitários sóis,

Que alumiam vagas manchas de saudade,

Impregnadas numa pele qualquer.

II

Meus amanhãs nunca morrem

Nesta soma comum de tantos nadas,

Em que se solidificam vertigens.

III

Quantos corpos, nesta noite,

Jogados ao relento das horas,

À mercê do Eu!

Mário Gerson
Enviado por Mário Gerson em 28/01/2013
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