Meus sonhos de Ícaro

Não aspiro ar de avião

Sobrevoo mundos em panes de papel

Com sonhos sem cera selados ao chão

Sou Ícaro sem Santos sou pássaro errante

Voando nas páginas de antiga paixão

Construo hangar com velhos papéis

Moldando minh'alma sem autocompaixão

Remonto estória história retórica lorotas...

Nos lixos nas lamas das inglórias de então

Sou fruto das sobras de todas as horas

Amontoadas nos antros de perdição

Entre tantas pistas de morte precoce

Procuro aterrissar sem discriminação

A cada sinalizador guiando humildade

Sigo sempre nova peregrinação

Pois na alma insana nos guetos lavada

Renascem os sonhos de salvação

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 29/01/2013
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