Personagens

De longe chegam

o homem, o Canto e o cavalo.

Por Guimarães foram paridos

e vagam pelo Mundo

como se tal lhes fosse permitido.

E vagam pelo Mundo

como o vento na serrania

e a saudade

que só de longe espia

o amor que vicia.

O homem sobre o cavalo

entoa um Canto bruto,

de bruta melancolia.

Versos, talvez,

da Neanderthal poesia,

ou da Botocuda sinfonia

de que nos fala

a intocada Maria.

Pouco adiante, mas antes do além-mar

há que se venerar

o velho Beato.

Santo sujo e feio

desse terra sem arreio.

E seguindo a maromba,

cruza-se a Canastra

até o córrego da Madrasta.

Ai, Rosa doutor, encerrou um sub-título

e cada um dormiu em seu capítulo

à espera que do chão

viesse o grito.

Do altar, o santo rito

e que do Bom Menino

respingasse algum perdão,

mas sem o dano da submissão.