Inércia!
Diante da fonte que alivia -me o fardo
Já não sou grande nem pequena, sou eu mesma
Num mundo de muitas facetas
Não acompanho os passos do tempo
que passa e a tudo muda á contento.
Somente a eternidade se perpetua
enquanto pó, somos levados pelo vento.
Quem vai lembrar meu nome
neste ciclo de esquecimentos
Quem vai cortejar-me o amor
se o mundo jaz na dor dos seus lamentos.
Acaso seriamos apenas quimera de Deus
a colher auroras até que a noite surja com sua aura de breu.
Peço a quem for me amar que beije minhas pálpebras
e cante para que eu possa despertar
antes que a morte venha.