Alma Nua

Alma nua...

corpos crus adormecem

e, cansados,

esquecem de si mesmos.

Entregam-se à passividade

do mero acaso.

Já não lutam,

não insistem.

Aceitam a sina,

a rotina,

a doutrina.

Adormecem...tudo é indisciplina.

Alma nua,

conversa com os corpos desnudos,

confidencia-lhes as tuas venturas,

aventuras...fortunas.

Plana sobre os corpos crus,

cobre-lhes com as vestes infinitas

dos amores finitos...

dos amores benditos.

Cláudia Duarte
Enviado por Cláudia Duarte em 03/02/2013
Código do texto: T4120417
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