Sem transparecer
É assim, quando a mente se reclui
E ensimesma trancafia os pensamentos.
Há momentos que não vão
E palavras que ficam ao vento.
Dentro de paredes aflui
Rasos e confusos pensamentos
E em si, caem pelo chão.
Na cadência de seu autoconhecimento.
Acabou-se.
Nada mais pode sentir.
Desconhecido é seu próprio eu.
Em sorrisos dissimula a face.
Os olhos no fundo já não mentem.
O poder do nada está ao seu alcance.
Cabendo a si estar de sentinela pelo dia.
E ao cair do alvorecer
Mostram-se as turmalinas
Sem se deixar transparecer.
O que já não se sente,
Não se mede não se mente.
Não se deixa acontecer.
Karen Triacca – 04/02/2013