Hoje fiz-te em versos
Pude ler nas entrelinhas
Ouvir o que deveria
Simplesmente nada sofrias
Nem um calafrio sentiria
Desse rosto me restou a lembrança
Rugas e rugas ainda hei de ler-te
Morre nunca a terrível esperança
Nessa linguagem que é todo o ser-te
Resta-me fechar a alma
E esconder os olhos
Aceitar meu fim de alva
Passando por ti com medos
Deveras firme nessa sorte
De nunca mais ter-te em meu ventre
Feliz o corpo que encontra a morte
Ao invés de amar infinitamente