O buquê-de-noiva

voa no brincante da festa.

Dribla arestas

e um pequeno ramalhete se apressa.

A mão ágil da senhora o atravessa.

Feliz, o agarra.

Lépida,

conta hastes,

conta pétalas.

Em seu calendário conta

quantos dias lhe restam.

Sua mente sorri

e a seu corpo faz girar.

No brincante da festa,

a senhora não tem pressa.

Dribla no tempo as arestas

e em sua face desperta

a cumplicidade da mão

que no ramalhete,

as hastes aperta.

Rocio Novaes
Enviado por Rocio Novaes em 08/08/2005
Código do texto: T41336