SAUDADE

Ânsia incontrolável que se assoma ao que somos,

explosão desesperadora que abrange os corações em granadas.

Abraça-me em seu seio, enquanto insere em mim as lágrimas

lavando minha alma do que sou, do que tenho,

lágrimas orvalhadas cobrindo as flores que secas me esperam em jardins esquecidos,

lembranças de vida nascida em campos de sonhos floridos.

- sonhos jogados ao vento -

Gritos em desespero!

Ecoam em horizontes perdidos do tempo os lamentos

-absortos em mim mesma-

que nos meus espaços, em espasmos me declamam.

Sua voz que grita no árido deserto onde a vida espera,

faz em mim morada acorrentando os sonhos que um dia sonhei...

Saudade do que não tenho e nunca terei!

Saudade, o nome do amor que trago gravado no peito e que nunca chamarei...

Saudade, o que sou...

Saudade, o que sei...

Aisha
Enviado por Aisha em 08/08/2005
Código do texto: T41355