Minha fidedigna

Minha fidedigna,

Companheira das horas pesadas,

Estrela absoluta de meu olhar perdido,

Minha amada de todas as eras,

Eu te abraço com este pensamento

Sentindo-te a presença em meu coração vazio de teu beijo de lábios ausentes...

Eis me aqui na vida, na luta, a andar sozinho

Carente de teus olhos remotos

Que alcançam minha alma da distância infinita

O mundo chora as ausências presentes

E eu ando entre as gentes sentindo

E, mesmo tendo a certeza de que estás comigo,

Às vezes eu choro demoradamente na noite dos seres caídos...

Ergue-me querida com teu afeto sereno, e dai a mão, que tenho medo...

Estou aqui, mas sempre caminhando,

E quando eu deito-me me encontro contigo

Como o preso que olha da sela a lua distante...

Oh minha fidedigna, te trago a flor murcha de meu coração,

E os olhos sem brilho, enfraquecidos pela saudade de viver longe de ti...

Desculpai-me o tom meio noturno, eis que meu olhar se encontra

E surge em mim uma força nova que me alegra,

Vamos querida, volto a lutar...

23.01.13, 15h20min

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 12/02/2013
Reeditado em 12/02/2013
Código do texto: T4136605
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