Não é mais para mim

Ignoras o amor que trago no peito

Choras lágrimas de não amar perfeito

Me privou da felicidade

Seus tristes olhos de saudade

Passando a vida como o dono

Desse efeito de embaraçamento

Tristezas de fim de tarde como

De respiração e ar rarefeito

Não aceito esse seu discurso

De querer ser nada e tudo

Mostrar-me o gosto do êxtase

Tirar a vida nesse ênfase

Sobra-me o recolher-me

Olhar-te não é mais para mim

Te guardar é o que resta-me

Colhendo frutos de mortalha sem fim.