ARQUEIRO
Desaprendido o ato de ser a importância,
é que os farrapos se recolhem inanimados.
Relembrar pelas manchas e pelas frestas
é o que interrompe o som do desprezo.
Porque esta lança já atravessou o peito,
e porque as casas não há mais.
O abismo nunca esteve longe.
E o pensamento nunca esteve contido
no busto de bronze de meu orgulho exposto.
Cada curva desse metal arbitrário
é uma ode ao que não significo.
Seja a tempestade ou seja a pestilência,
cada doença tem seu ponto de equilíbrio.
E na lucidez que me visita à morte,
é que falo do que deve ser esquecido,
do passado sem tréguas,
e das chamas que consomem meus escritos.
Desaprendido o ato de ser a importância,
é que os farrapos se recolhem inanimados.
Relembrar pelas manchas e pelas frestas
é o que interrompe o som do desprezo.
Porque esta lança já atravessou o peito,
e porque as casas não há mais.
O abismo nunca esteve longe.
E o pensamento nunca esteve contido
no busto de bronze de meu orgulho exposto.
Cada curva desse metal arbitrário
é uma ode ao que não significo.
Seja a tempestade ou seja a pestilência,
cada doença tem seu ponto de equilíbrio.
E na lucidez que me visita à morte,
é que falo do que deve ser esquecido,
do passado sem tréguas,
e das chamas que consomem meus escritos.