PODER DE LIXO
Rasgo o véu que cobre a minha alma em protesto
Pelas injustiças acometidas pelos homens do fazer
A hipocrisia é hoje, a sua roupa de luxo
E se vestem orgulhosos, nesta sede de poder
A desigualdade é gritante em quase todo o país
É tanta criança doente, descalça e passando fome
Sofrendo, chorando, sem ter onde morar
Jogadas, tal lixo no mundo, porque não tem nome
Mulheres passivas, envelhecidas, sem nenhuma esperança
Humilhadas, se deixam usar, por um pedaço de pão
Enquanto, outras tantas, se cobrem de ouro
Do trabalho daquelas, que dormem no chão
Fico indignada quando leio e ouço as notícias
De gente, ganhando milhões, por um poder de lixo
Não se compadecem da miséria humana,
sendo que um dia eles também
Irão para o mesmo buraco, e fedendo
serão devorados pelos bichos.